Catarina Carneiro de Sousa assina a fotografia virtual que CapCat Ragu incorpora em ambientes virtuais colaborativos, como o Second Life. Ao longo do tempo, o seu avatar muta, transforma-se, difere, adquirindo vários aspectos; encontra outros avatares com potencialidades expressivas que a inspiram no pensamento desse corpo outro, desse corpo virtual.

«Durante muito tempo a minha vida no Metaverso não foi nada mais nada menos que voltar a brincar, como em criança, com bonecas. Mas desta vez a boneca era eu! A minha boneca servia para vestir e despir, pentear, mas também era o meu meio de comunicação com os outros. Não demorou muito tempo a criar a sua própria personalidade, uma projeção da minha, mas não exatamente a mesma…»

«A grande revolução na forma como vejo o meu avatar aconteceu quando conheci os avatares da alpha.tribe, que me inspiraram a repensar totalmente a forma como incorporo o meu avatar. Foi, de certa forma, nesta altura, que o meu avatar se desumanizou, sem abandonar totalmente a metáfora do humano.»

Propõe-nos, aqui, duas formas distintas de pensar esse avatar: enquanto virtualização de si — «o avatar representa-me a mim própria, está em meu lugar no ambiente virtual» — e como potência expressiva virtual — «que se estende para além de mim própria criando um híbrido entre o que sou e em quem me transformo, não fora de mim, mas além de mim».

Catarina Carneiro de Sousa signs the virtual photography which CapCat Ragu embodies in these collaborative virtual environments, as Second Life. For a while, her avatar changes, transforms itself, differs, acquiring several appearances; meets other avatars whose expressive potentialities inspire the thought of this other body, this virtual body.

«For a long time my life in Metaverse was nothing less than to playing dolls again, as when I was a child. But this time I was the doll myself! My doll was for dressing and undressing, hairstyling, but it was also my way of communicating with others. It did not take long for her to create her own personality, a projection of mine, but not exactly the same…»

«The big revolution in the way I see my avatar happened when I met alpha. tribe avatars, which inspired me to totally rethink the way I embody my avatar. It was somehow, at this point, that my avatar was dehumanized, without completely abandoning the metaphor of the human.»

She proposes, here, two distinct ways of thinking this avatar: the virtualization of herself — «the avatar represents me, it takes my place in the virtual environment» — and as a virtual expressive potency — «that extends beyond myself creating a hybrid between who I am and who I become, not outside of me, but beyond me.»

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