Black Box constitui um corpo de trabalho visual, através do qual Itay Peleg pretende desafiar aquele que olha, através do médium da fotografia, a manter os olhos bem abertos para os enigmas escondidos do dia-a-dia. Capturando detalhes marginais, reflexos, silhuetas espelhadas, entre luz e sombra, procura percepcionar no espaço envolvente signos do invulgar, para além do comum.

«Fui para o universo com o intuito de ver novas possibilidades, e só quando abandonei qualquer expectativa, percebi que algo de verdadeiramente extraordinário estava a acontecer e a desaparecer mesmo à minha frente. Sempre. Acho que é preciso ter fome para o ver».

Uma caixa negra pode ser definida como a parte de um sistema complexo que produz um output discernível de acordo com o input recebido, mas cujo mecanismo ou programa interno é um mistério para o utilizador. Hoje em dia, as pessoas usam comummente caixas negras sem repararem e, ao mesmo tempo, tornam- se elas próprias caixas negras quando as suas decisões, especialmente enquanto consumidores (de imagens), parecem estar encriptadas na sociedade.

«Black Box é sobre expandir a visão das pessoas para as suas próprias opções ilimitadas. Como é que se pode saber do que se é capaz, se não se mergulhar no desconhecido?»